Nada muda do dia para a noite, mas às vezes parece que é
isso que acontece.
Quando se dá o clique de um modo geral, parece que um dia
tínhamos o interruptor da cabeça desligado e de um momento para outro liga-se. E quando se liga a ideia que
fica é que aconteceu naturalmente e de uma forma fácil, quase sem esforço,
parece tão óbvio que a pergunta fica a pairar: “como é que ainda não tinha
percebido isto?”.
Não é uma sensação de estupidez ou incapacidade para ver o
que agora é óbvio, o que se dá é uma constatação de verdade. Coisas que vivem e
crescem dentro de nós, mas que ficam por ali meio arrumadas ou desarrumadas sem
qualquer utilidade prática. Quase como se acumulássemos lixo por acumular, só que
dentro de nós o lixo que acumulamos nunca é em vão, nada do que se acumula
internamente é desnecessário, só achamos que sim para disfarçar o peso que isso
nos faz carregar. Ninguém gosta de se sentir incapaz ou vulnerável.
Na realidade não é só um peso que sai de cima ou de dentro
de nós, é o aliviar da alma. É todo um percurso, um caminho que ganha sentido.
As coisas não acontecem por acontecer, eu adoro os acasos porque os associo a
detalhes de magia que a vida nos proporciona, mas na realidade os momentos de
magia são resultado de processos de trabalho intensos que temos de passar.
O que fazemos por nós, o que nos acontece reflecte no
universo, reflete na energia do momento e reflecte nos outros. Não temos noção
da importância do nosso espirito e como ele se projecta em tudo e em todos.
Somos co-autores da vida da humanidade, não somos meros espectadores. Tudo o
que se desbloqueia, são elos que se soltam. Jornadas que se completam para dar
lugar a novos desafios.
Parece tão simples, tão fácil de acontecer, mas não é.
O caminho é sempre em frente, siga.
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