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Mensagens

A mostrar mensagens de abril, 2015

Feliz ano novo!

A pergunta da praxe: O que queres para o teu aniversário? Na realidade não quero nada! Tenho o que preciso essencialmente: coisas e mais coisas… Cliché, até pode ser…mas é mesmo o que diz a imagem: viver momentos, experiência e não acumular coisas. Dão jeito, também é bom de receber... mas já não é nada disso que me importa.  Não que não goste de coisas especificas sim: adoro livros, concertos, cd’s, música, música e música, roupa, viagens, perfumes…essas coisas. Gosto! Na verdade sou mais uma pessoa de oferecer do que receber. Gosto de oferecer coisas ou momentos que irão fazer a diferença na vida das pessoas, é esse o meu objetivo final. Os sorrisos, as reações são preciosas! Fazem as minhas delícias. É um bocadinho por ai... As recordações, o que fica é o que me importa. É transversal ao meu aniversário, ao dos outros, a momentos, datas ou marcos históricos. É isso que guardo com carinho como um tesouro precioso, é tudo isso que me enriquece e que me dá vida. São hist

Nirvana no dramático de Cascais

Apropriado para esta semana, em que fui ver o documentário sobre a vida do Kurt Cobain.  Fiquei a entender porque se apresentou em Cascais completamento apático. O concerto aconteceu a 6 de Fevereiro 1994 e o Kurt cometeu suicídio a 5 de Abril do mesmo ano. Não devia estar no auge do contentamento... No palco esteve apenas para fazer o que lhe competia com nenhuma interacção com o público. Apenas cantou e tocou, sem dirigir uma única palavra ao público presente. Na altura achei aquilo demais, e fez-me gostar menos de todo o concerto. Só que eram os Nirvana e a eles tudo se perdoa. Recordo do meu pai me dizer: "olha aquele tipo que foste ver no outro dia, morreu. Estava a dar nas noticias." Acho que nem fiquei surpreendida, talvez suspeitasse que seria o desfecho lógico.  Sempre achei que o Kurt Cobain era um homem denso, profundo e melancólico e comprovou-se com o documentário.  Não iria dar para viver mais do que foi. A vida não foi fácil para o Kurt, um tipo se

Ausências naturais

Coisas avulso em que se pensa, é disso que se trata. Num dos percursos que faço a caminho do trabalho, passo ao lado do cemitério de Benfica. Numa dessas deslocações dei por mim a pensar: é ali que está o meu tio. É uma coisa estranha de se dizer, parece que mora ali ou está ali internado… Este pensamento soou-me mal. Desconexo e descontextualizado, soou-me mesmo muito muito mal.  Ele não está ali, o corpo dele é que foi enterrado naquele local. Ele efetivamente partiu no dia em que morreu, não está ali naquele local especifico, deixou de estar nos sítios que eram dele. Estas ausências são diferentes das outras ausências. Os outros estão ali, aqui ou num local concreto, existem neste espaço físico e num tempo concreto são materializáveis. Só estão ausentes por um motivo que se entende ou não, mas têm um corpo que permite coloca-los em locais reais onde estão. Se quisermos falar ou estar com eles, estão ali podemos falar, podemos encontrar-nos ou cruzar-nos, não existe o

Questões de Ego

Ao contrário do que se diz ou do que se costuma dizer sobre o ego, este não é um bicho papão que mora dentro das pessoas. Pelo menos essa é minha crença. O ego faz parte de nós como o fígado, a alma ou os dedos! Não é um excesso é um complemento, como todas as restantes partes físicas e não físicas que nos compõem. É bom que ele cresça connosco e que nós o alimentemos regularmente, como se regássemos uma flor: planta-se a semente, ela desenvolve-se, cuida-se e ela cresce. Mas cresce em proporção do nosso cuidado e nunca se sobrepõem à nossa estrutura. Reparem que escrevi estrutura e não estatura, que são coisas diferentes. Estrutura no sentido de alicerces que nos solidificam enquanto pessoas, mas existem seguramente muitas pessoas com egos maiores que a sua estatura mas com muito pouca estrutura. Especialmente o tipo de pessoas que se julgam a cima dos outros, porque chegaram ao topo de mundo (ou do seu mundo) e isso transforma-os em semi deuses do olimpo, onde a restante

Vidas Fast Food

Já não nos bastava a comida na versão fast food: as sopas instantâneas, os bolos sem sabor, as fibras e os tecidos plásticos, as imitações, as lojas dos trezentos e agora as pessoas tratarem-se como fast food! Ou esperarem que tudo seja no ritmo de um hamburger no Mcdrive. Que desperdício! Que é feito do envolvimento pelo gosto da descoberta? O tempo esse carrasco que nos consome a alma e o corpo. Hoje temos de comer depressa, chegar depressa, enfardar o número certo de calorias, dar uma rapinha, dizer coisas inteligentes e com propriedade, ir ao ginásio, aprender, dormir, correr e fazer tudo isto num só dia ou em menos horas possíveis e achar que assim é a qualidade de vida perfeita! E é assim que nos relacionamos com as pessoas também, vejamos: Ou contas toda a tua vida nos próximos dez minutos ou podes ir embora. 6 meses são uma eternidade para esperar que alguém se encante por outra. A agenda diz que tenho daqui a 3 meses um tempinho para ti. Se te portares bem! Conh

Miséria dos dias

Se o pensamento positivo atrai positivismo então miséria atraia miséria… Não será assim? É assim. Se tudo à nossa volta cai de podre, se as pessoas vivem mal com dificuldades, se vivem angustiadas, pobres na carteira e no espirito como se sobrevive assim? Como não ficar contagiado? Portugal está doente. Se as células que compõem este corpo que é Portugal estão doentes, como pode o país ficar saudável? Afundar ainda mais as pessoas em pobreza, miséria e falta de alternativa não é fazer o que é necessário, é precisamente o oposto! Como não se vê o óbvio? Não se pode curar uma doença pela rama, tem de se ir ao fundo da questão. As pessoas precisam de ânimo e força anímica, não é cortar nos alimentos que lá se vai. Se ainda se vissem efeitos, mas não se vê nada. Salvam-se bancos e matam-se pessoas. Escolhe-se injetar dinheiro no banco para salvar o banqueiro e deixam-se as poupanças da vida das pessoas, que não chegam a um mês da reforma do banqueiro, cair no vazio,

O auge: Dezembro de 2003

Escrever sobre os Doors em qualquer abordagem é sempre escrever um pouco mais sobre mim, são histórias que se cruzam. Em 2003 o concerto de Lisboa foi a materialização de uma realidade que achei impossível de acontecer. Não era descrença, para mim seria pouco provável que os Doors se predispusessem a um regresso aos palcos, a história da banda dizia-me isso. Mas felizmente enganei-me. Obviamente que neste caso o Jim Morrison é insubstituível assim como o John Densmore, mas ainda assim o Ray o Robby encontraram no Ian Astbury dos Cult um representante magistral da música dos Doors, também ele tem Doors na alma, notou-se bem. Não eram os Doors mas eram. Foi o que me bastou. Poder ouvir ao vivo a música dos Doors, tocada pelos próprios foi a concretização de um sonho. De todas as coisas que me aconteceram na vida, foi sem dúvida das mais importantes e marcante, fez-me feliz!  E lá fui eu no dia 6 de Dezembro concretizar um sonho, arrastando a minha irmã comigo com o argum

Catástrofes Naturais

É uma cabala! Pura conspiração. Só pode! Que outra explicação haverá para que as vontades não conspirem a nosso favor? As ganas que não se concretizam por motivos alheios às vontades. Não se pode errar sempre, ou pode? É a minha vontade que comanda o meu mundo. Todos os outros obedecem a regras próprias. É o entra e sai, o fica e parte. Os que entram sem autorização, os que ficam sem que se deseje, os que partem sem aviso. As palavras que ficam por dizer, os gestos que não se realizam. Os laços que nunca se chegam a reforçar.  Será que se pode errar sempre? Desejo e desejos que nunca se consomem, só se acumulam. Os silêncios que incomodam. O manto da invisibilidade sem nunca deixar de estar visível. O desprezo e a depreciação, parâmetros que registámos e eliminamos  já nesta vida e nas demais que se seguirão. São as cartas e e-mails por responder, as respostas que se ignoram por falta de educação ou consideração.  O tempo que não estamos dispostos a abdic

Placebo Coliseu de Lisboa Nov. 2014

A aventura começou logo com o levantar dos bilhetes! Quem haveria de imaginar uma terça-feira tão recheada de acasos e percalços! Os bilhetes estavam guardados para mim, mas ninguém dava com eles, eu quase não dava com o sitio para os levantar. A chuva não ajudou nada. Telefonemas a trás de telefonemas para resolver a questão, ir a casa mudar de roupa, apanhar a Carla no caminho, conseguir estacionar na avenida e correr para o Coliseu mesmo em cima da hora do início do concerto! Assumindo logo que não veriamos a primeira banda. Um autêntico contra-relógio… Esta agitação toda e todas as últimas novidades que tinha para partilhar deixaram-me ligada à corrente. Descemos a avenida a desbobinar milhares de palavras por minuto. Quase a chegar ao Coliseu um pouco antes do Hard Rock, sim eu vi-te perfeitamente (confesso), vi-te e reconheci-te de imediato. Não és assim tão dificil de reconhecer. E sim, os nossos olhares cruzaram, eu ia a falar e tu também, eu ia para o Coliseu e

Sobre a solidão

Definição: so·li·dão (latim solitudo, -inis) substantivo feminino 1. Estado do que está só. 2. Lugar solitário. = RETIRO 3. Isolamento. "Solidão", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Tem um peso tão negativo que não se compreende. Pelo menos eu não compreendo. A solidão é um estado normal da vida, não precisa ser em excesso nem em falta. Como tudo, em equilíbrio seria o ideal. A solidão não implica necessariamente abandono ou exclusão total de tudo e de todos, é um estado transitório. Pressupõe em alguns casos, a necessidade de se retirar. Senão formos boa companhia para nós próprios, então para quem somos? Aprender a ouvir-se e a estar consigo mesmo é um desafio. Para uns um ato natural para outros mais difícil mas necessário. Em algum momento das nossas vidas vamos precisar fazer este exercício e compreender o porquê. Fico sempre admirada quando outras pessoas se espantam porque vou ou faço coisas sozinhas. O quê? foste para a praia soz

Um outro 11 de Setembro importante

Para os Bon Jovi há o antes e depois do Keep the faith!!! Horas a fio que eu vi este viodeclip que gravei do top mais. HORAS… bonito o Jon! Que regalo para a vista… Antes já eram bons mas depois do corte de cabelo do Jon Bon Jovi, ficaram ainda melhores! Lembro de um amigo da escola gozar comigo e dizer que o Jon parecia uma vaca por usar argolas nas orelhas… ahahahahha viu-se! O homem definiu a tendência e ele podia ter argolas ou vestir-se de palhaço, iria ser sempre um pedaço de mau caminho! Este foi um concerto de miúdas! Eram a maioria, estavam doidas e ansiosas por ver os Bon Jovi ao vivo.  O dia estava quente no antigo estádio de Alvalade e ir para a relva em dias de calor era sinónimo de fazer sauna, mas era um mal menor para suportar o bom que o concerto nos iria trazer. Foi tudo o que se podia esperar! Até o Billy Idol conseguiu fazer um boa primeira parte. Não seria o mesmo se não tivéssemos assistido uma mini telenovela no meio do público. Uns ex namorados

Deus do Olimpo

Ó deus do Olimpo! Senhor das montanhas e rei dos céus. Queres descer do teu pedestal e ver como vivem os restantes mortais? Aqueles que demonstram o que sentem e pagam por isso? Aqueles que erram. Aqueles que se excedem. Aqueles que se deixam levar pelos anseios, pela luxuria e pelo desejo. Humanos imperfeitos, incompletos e grosseiros. Zeus que brincas com a minha vontade e percorres caminhos curvos em linhas retas. Pousa os pés em terra firme, deixa-te inseguro e solto. Deixa-me mostrar-te o que sentem, os que testam os sentidos. Os que se permitem sentir com o coração. Quando o manto cair, deixa-me conduzir-te pelo meu paraíso. Aqui nada é perfeito, apenas verdadeiro. Cada poro de pele, cada essência e todas as células transbordam por ti. Ó deus do Olimpo! Permite-te sentir com sangue e com essência. Deixa-me tornar-te humano, nem que seja por um segundo. Fazer-te sentir o que o corpo sente. Deixa cair a tua imortalidade, destrona o teu pedestal. Pro

Guns N Roses - Alvalade 2 Julho 1992

O concerto que não aconteceu porque eu não fui. É de todos os que não fui, aquele que mais me marcou, por uma série de acontecimentos. Queria mesmo ter ido! Foi o apogeu do Axl Rose, como se comprovou mais tarde… nunca mais voltou a ser o mesmo, aliás os Guns tornaram-se uma bandalheira que ficou presa naquele tempo. Não conseguiram cimentar o percurso musical para além daquele período histórico. Adiante… 1992 foi o ano do cão para toda a nossa família, começou com o desfecho tenebroso em 1991 com os AVC’s do meu avô e com o morte dele em Março. Depois disso piorou com a crise de apêndice da minha irmã, que era supostamente uma coisa simples para uma operação de meia hora e demorou 3h! Ainda por cima a minha irmã estava a começar a época de exames de acesso à universidade, o último ano da PGA. Digamos que 1992, foi o ano dos anos… O concerto só seria em Julho, a minha irmã já estaria boa e íamos com a minha prima e outra amiga. Como filha mais nova, não poderia ir sozi

O poder da música

“The power of music has long been celebrated by philosophers, poets, statesman and activists. Music has the power to seduce, inspire, soothe, and fortify” (Roy, 2010). Aqui está uma afirmação irrefutável! A música tem poder. Para mim é uma espécie de 24/7 está sempre presente. É o meu momento de relax e de concentração, é inspiração ou simplesmente preenche um vazio. Uma coisa é certa, é o único silêncio que tenho à minha volta. Mesmo quando não está a tocar, tenho música dentro da cabeça e no coração. A minha vida está cheia de bandas sonoras, em locais e momentos específicos. Memórias com telediscos, programas de música, cassetes, discos, dvd’s, revistas e livros. Os hobbies são concertos, colecionar cd’s e músicas avulso. Nenhuma viagem acontece sem o alinhamento musical previamente definido. Os bilhetes de concertos guardam histórias, palavras, amores, algumas lágrimas e milhares de sorrisos. Não sei ao certo como se deu a descoberta, não foi seguramente com o solfejo