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Mensagens

A mostrar mensagens de 2015

Virados do avesso

Aviso: se continuarmos a viver assim, vamos acabar muito mal. Não sou portadora de más noticias ou de grandes desgraças, mas sei o que vejo e o que sinto. Se continuarmos a considerar as pessoas como adereços sociais, verbos de encher, excedentes no mundo, peças que apenas servem para servir não vamos a lado nenhum! Mais uma vez volto a bater na mesma tecla: o dinheiro, a economia não podem estar a cima da vida. Não podem valer mais do eu, tu e nós todos. Não compreendo e não aceito isto. Pode ser utópico, mas vai acabar por dar cabo do mundo!!!!! Ou mudamos e passamos a respeitar-nos, a compreender a importância única que cada um de nós tem, o valor e a mais valia que cada um tem ou nem a economia nos vai salvar. Esta postura mina o espirito das pessoas… deixa-nos doentes, deixa-nos tristes, incapazes, impotentes, raivosos, e pior de tudo… está em crescente.   As empresas justificam despedimentos pela falta de lucro, cortam nos rendimentos porque preferem investir na co

Carros vs Armas

Nós, os portugueses ficamos sempre chocados (provavelmente como o resto do mundo) quando vemos os tiroteios nos EUA e percebemos como é fácil para eles arranjarem armas, mais ou menos sofisticadas, mas acessíveis a qualquer um. A impressão que temos é que vão ali à esquina e em vez de beberem um café, compram uma arma semiautomática (seja lá o que isto for) e desatam a disparar em qualquer lugar. Damos graças a Deus o mesmo não se passar por aqui… Não temos armamento acessível, é um facto… mas podemos comprar um carro e usá-lo praticamente como uma arma. Nos últimos tempos, tenho assistido a cenas no trânsito que batem recordes de irracionalidade! Agressividade, falta de civismo, estupidez, imprudência, desleixo, descuido com a própria vida e com a dos outros… enfim, tem sido um fartote! Basta recordar o dia de ontem, com chuva! As pessoas continuam a conduzir como se estivesse um belíssimo dia de sol, a velocidade mantém-se, a proximidade com o carro da frente também, u

O meu tempo

O meu tempo não é o tempo das outras pessoas, é o meu. No meu tempo vivem outras criaturas, vidas e diálogos. Conversas infinitas que me fazem pensar em todos os pressupostos e esgrimir cenários de possibilidades. O espaço temporal em que existo é muito para além do que se vê. Nem sempre vivo onde estou, nem sempre digo o que devo e há dias que duram meses e outros que correm em poucos minutos. O meu timing não é o  teu. O nosso timing parece fazer pouco de nós… Uns dias estendem-se com os períodos de tempo certos, nas horas em temos os olhos abertos e corpo na vertical, outros nem por isso. Os diálogos são quase sempre no tempo certo ou assim parece, que se prolongam por horas e partilhas de informação, muito informação difícil de processar. Os temas misturam-se entre rotinas e medos, e o desejo de crer mais do que se diz. E depois o tempo volta a pregar partidas… Esquecemos sempre os imprevistos. Os meus, os teus, os do tempo… e baralha-se tudo. O meu tempo nã

Responsabilização

O que se passa com o mundo? Quem disse que é mau ter responsabilidades? É tão natural como todo o resto. Somos responsáveis pelo nosso destino desde o dia que nascemos. Por muito amor, dedicação e todo o mais que os nossos pais nos tenham, eles não vão viver por nós, nem serão os principais implicados pelas escolhas que fizermos, por isso, há que saber aceitá-las.  - Somos responsáveis por tudo o que atraímos e pelas situações que escolhemos viver e também temos a capacidade de mudar tudo, se assim entendermos. Cada um tem o seu tempo e o seu modo de fazê-lo. Mas como gostamos tanto de nos usarmos como modelo, achamos que os outros que não se comportam como nós ou que não fazem as escolhas do mesmo modo que nós, estão completamente errados. E não estão. Há que saber aceitar a diferença e respeitá-la.  - Lidamos mal com o fracasso. Não sabemos reconhecer que ao falharmos também estamos a aprender e que nem tudo o que fazemos é para ter sucesso. Isso não nos torna incompet

Constatações

E quando nos cai a ficha depois de um problema resolvido? Nem sei bem se foi o choque da constatação, se foi ingenuidade, se foi sempre saber mas tentar não pensar nisso… sei lá. Foi acima de tudo, ter um problema complicado e grave e resolvê-lo “as fast as possible”, sem me perder nos detalhes. Detalhes? É leviano julga-los assim, provavelmente, mas teve de ser. Só quando nos colocam a questão: “e como lidou com isto tudo?” Como era suposto lidar? Tinha de se resolver. Resolver, resolver, resolver… não havia mais nenhuma questão para pensar, debater ou detalhar. Só a solução e o resultado. Os factos exigiam rápida resolução. O tempo a mais teria sido penalizador? Seguramente que sim . Não esperei tempo suficiente para saber a resposta. Fez-se o que tinha de ser feito. Riscos existem sempre em tudo. O deixar andar, o esperar para ver por norma não beneficiam nada… e mesmo que fosse esse o caso e tivesse tido tempo para adiar o inevitável, é contra minha natureza ad

Os inesperados, inesperados.

Nada do que se peça, alguma vez será melhor do que a superação da realidade! O inesperado que se concretiza num desejo que não foi pedido, desejado ou até imaginado.  A materialização do bom, do que não se perspectivou e que nos foi entregue como um segredo bem guardado, como se o universo tivesse conspirado a nosso favor. Como sempre faz. Com ou sem sinais presentes, mas sempre em movimento, na construção de energia certa. Contamos sempre com o inesperado, nem que se diga que não. Não se pode negar o que não se sabe. É como rejeitar o futuro e isso não está dependente da nossa vontade ou querer. Que graça teria sabermos tudo antes de acontecer? A nossa vida não é um fluxograma planeado e orçamentado à priori, como uma empresa que tem de justificar gastos.  A vida faz parte de um plano maior.  #omeuserendipity

A comemorar o dia Mundial do Animal...todos os dias.

Na tua língua áspera imprimem-se todos os sabores do mundo. Dizem coisas que não sabem a teu respeito. Inventam falsas verdades sobre o teu caracter e sobre o teu comportamento. Deixam no ar suposições erradas sobre ti. Não sabem que tens em ti toda a magia do mundo.  Esse teu corpo esguio, ágil e macio condensa todos os segredos dos espíritos e tudo o que não se consegue ver.  Mas eles não sabem isso, é um segredo só nosso.  De felino para felino.  Na foto as minhas lindas gatas, na frente: Joaninha/ Isniqui e lá no fundo a Bianca/Jaqui. 

A Entrega

Nos catálogos de pessoas onde vivemos atualmente, expostos como entendemos e da forma que achamos que devemos, falta a entrega. Parece que há um momento qualquer em que a realidade deixa de ser importante ou passa a ser qualquer coisa que não é bem real. Criamos personagens ficcionadas de acordo com o padrão regulamentar e deixamos de ser o que temos de ser ou o que somos. Por isso tudo sinto falta da entrega. Da minha, e do resto do mundo. Perdemos a noção que as conquistas se fazem com tempo e o tempo precisa de entrega. Queremos tudo para já, hoje, agora e se possível neste minuto. Aliás se não for neste instante, escusa de acontecer, escusa de vir porque depois já não vou querer mais. Somos crianças amuadas com o tempo e por isso não nos entregamos, como um castigo divino ao universo por ser mau e não fazer as coisas como nós queremos! Tudo se resolve com um simples delete, “desamigar”, bloquear, remeter para canto, ignorar… da mesma forma que surge um interesse,

A.V. e D.V. (para o Vasco)

A minha vida não ficará igual, há o Antes de Vasco (A.V.) e o Depois de Vasco (D.V.). É verdade que assim é. Sempre achei que tinha bem identificada a definição de amizade e que até fazia bem uso de mesma, mas com o convívio com o Vasco, percebi que sou apenas uma aprendiz feiticeira e a léguas do real sentido de amizade que o Vasco me passou. No dicionário deveria constar na definição de amizade: Conceito de vida seguido à risca pelo Vasco Noronha; exemplo de amizade universal a aplicar. Seria justo que assim fosse. É por isso que existe este blog, foi por isso que chorei no dia 5 de Setembro, foi por isso que sorri todas as vezes que nos encontrámos, que convivemos, nos nossos aniversários, pelas mensagens carinhosas que sempre me enviou, pelos incentivos e preocupações, pelos sms carinhosos, pelas músicas e efemérides assinaladas no facebook, pelos abraços, risadas e pela saudade que sinto dele. Por isso existe o antes e o depois do Vasco. Antes eu não sabia que pod

Vão-se lixar!

Estou farta desta treta… Os solteiros que paguem a crise? Vão-se lixar! Não tenho nada contra as crianças ou o conceito de família ou ter apenas 1 ou 10 filhos, ou nenhum, nada mesmo! Cada escolhe a família que quiser ter e faz da sua vida o que bem entender. Com filhos próprios, adotados, barrigas de aluguer o que for! Filhos são filhos. E cada um faz as opções de vida que bem entender. Agora, não aceito que o estado me discrimine/ penalize porque sou solteira. Ora bolas, não sou contribuinte? Não pago já impostos que cheguem??? Agora não ter filhos, não te baixamos o IMI porque não precisas, não tens filhos!!!  Não pagas menos IRS porque podes pagar tudo o que o Estado achar que deves.  Não te baixamos os impostos porque tu vives à grande! Não tens despesas, ganhas o suficiente para ti e para pagar todos os impostos e mais alguns que te pusermos em cima! Toca a alombar!!! E se eu não quiser filhos? E se eu não puder tê-los? Tenho de me justificar? E se não tiver

FUCK YES!

Nem de propósito! Hoje deparei-me com este texto: http://markmanson.net/fuck-yes (enviado por uma amiga). E vem no seguimento deste texto que tinha aqui nos meus rascunhos… Não se pode fazer nada. As coisas são como são. Não se obriga ninguém a gostar ou estar com uma pessoa, só porque se tem vontade ou se quer muito. E quanto mais se força, mais contraproducente se torna. Insistir nunca dá bom resultado. A não ser que seja alguma coisa que apenas dependa de nós próprios, do nosso esforço e da nossa vontade. Tudo o resto, não vale a pena insistir… Talvez um dia mude de opinião (e não seria a primeira vez), mas acho mesmo que é assim. Não vale a pena insistir. É como estar a falar atrás de uma porta, não se sabe quem está do outro lado ou até se ouve, mas continuamos na esperança que a porta se abra um dia… e ela até pode abrir, mas nós já não estamos lá para ver. Também existe esta possibilidade. Outros haverá que farão da nossa existência a descoberta de uma vida!

Auto - Avaliação

Os parâmetros de avaliação, são sempre complicados e subjetivos por mais objetivos que os apresentem! É incontornável! A forma como me avaliado não é a forma como os outros me avaliam e aquilo que eles veem em mim, nem sempre é aquilo que vejo em mim ou o que sou. E não estou sequer a dizer se é bom ou mau… Se me pedem para me auto avaliar, não esperam certamente que me ache pouco. Não sou a ultima coca-cola no deserto, mas não sou pouco ou nada! Há coisas que não se admitem. Não é falta de humildade, é a realidade! Por reconhecer o meu valor não quer dizer que não seja humilde ou que não haja humildade em mim, quer antes dizer que sei o que valho e estou disposta a mostrar o meu valor. Com caraças… se eu não sei o que sou capaz de fazer e reconhecer valor no que já fiz, quem há-de reconhecer? Mais uma vez, lá está…não me estou a pôr num pedestal, mas caramba…todos nós temos coisas no nosso percurso que nos orgulhamos. Não precisa ser uma obra de arte ou a fórmula da v

Roma e Pavia não se fizeram num dia!

Diz o ditado! Quando uma pessoa se predispõe a fazer dieta, sabe de antemão, que a coisa vai doer! Custa só de imaginar que vamos passar fome. Claro que o passar fome é relativo, porque não passamos fome ao ponto de se tornar intolerável. Passamos a racionar a comida e o corpo habituado a comer tudo e mais alguma coisa, fica baralhado com a ausência dos pequenos, médios e gigantes devaneios de degustação. Aprendemos truques sobre os alimentos, o que não misturar, o que não comer de todo, os horários, as porções e assim ficamos a saber como corrigir um devaneio gigantesco, como o natal, por exemplo. Entretanto o corpo vai-se moldando ao novo regime. Costumo dizer que engordo só de pensar! A sério, é dramático… só de sonhar com as bolas de Berlim da praia acordo com mais um quilo. Mas já o disse várias vezes e reafirmo, uma das qualidades mais fantásticas no ser humano é a capacidade de adaptação, por isso… pode demorar dias, semanas ou meses mas o corpo, a nossa vonta

Pensamentos avulso

Uma pessoa exuberante pode ser tímida e um tímido pode ser excêntrico ou até exuberante.  Os artistas passam por este dilema como mais ninguém. A exposição pública, o subir a um palco, o expor-se a um público faz com que se julgue que são pessoas expansivas, nada tímidas e que gostam de andar com os holofotes em cima da cabeça, e nem sempre é assim. Ser reservado não quer dizer que a pessoa seja apagada ou pouco interessante e a pessoa mais extrovertida ao cima da terra, não quer dizer que não seja reservada ou até que seja interessante. Os padrões de comportamento enfiamos dentro dos frasquinhos dos rótulos. Bem sei que são necessários por uma questão de organização social, mas tremendamente castradores no convívio social entre todos. Depois soam as interjeições: “ah afinal és falador!”; “achava que eras fria”; “estás sempre em festas achei que eras um grande maluco”…e por ai fora. Limitam-se os tímidos às cores opacas e sem graça, como se fossem transparentes e os extrov

Uma chamada basta.

"Os românticos diziam que a morte é o desaparecimento do outro porque na verdade como é que eu posso conhecer o desaparecimento de mim. Penso nisto e olho para o telefone. Penso em ti. O que é que não se tornou um lugar comum." [Ana Hatherly (1929-2015), in 463 Tisanas]* *Roubado ao Carlos Vaz Marques no Facebook do próprio.

Que é feito de ti?

Que foi feito de nós? Que foi feito de ti? Prometias tanto. Querias tanto. As derivações do muito variam de alma para alma. Eu não tenho corpo para o tanto que tenho em mim. Tu? Não sei… tens qualquer coisa que não consigo decifrar. Prometias tanto. Mas dás tão pouco em troca de tudo. E se queres tudo! Desproporcional e desmedido. Que é feito de ti?

Para a minha avó

A minha avó fez 89 anos esta semana. Nem sequer é um número redondo, é imperfeito como os números impares. Mas é a idade da minha avó. E se ela é imperfeita! A minha avó tem muitos de defeitos, coitada, é verdade! Não gosto dela em menos por isso. É minha avó gostaria dela sempre, por isso mesmo. É a minha avó! E gosto ainda mais dela, porque a minha vida não seria a mesma sem tudo o que ela fez por mim. Apesar de todos os defeitos que carrega, foi e é aquilo que uma avó deve ser: presente, constante e de confiança. Se há pessoa nesta vida que nunca me falhou ou faltou foi a minha avó. E eu sempre tentei e tento retribuir da mesma forma. Não o faço por obrigação, faço porque é a minha forma permanente de agradecer tudo o que ela e o meu avô me proporcionaram, como criança, menina e mulher. Sinto que nunca será o suficiente, faça o que fizer. O valor do que me deram é tão grande que eu, neste corpo e nesta vida, nunca irei conseguir retribuir na justa medida. Mas tento

A realidade é dura

Um dia o mundo tem todas as possibilidades possíveis e imagináveis e no dia a seguinte deixa de ter. Nunca nos colocamos nesta posição: da impossibilidade. Pode ser pelo anseio da juventude permanente, não saber o que o esperar do tempo e julgar que se tem sempre tempo para tudo. A eternidade e o infinito é tudo o que temos pela frente, mesmo não tendo. Sabemos disso desde o dia em que nascemos, mas insistimos em esquecer, pelo bem da nossa sanidade. Mas num dia adormecemos com tudo aos nossos pés e acordamos com limitações que não calculávamos, porque sempre achamos que tínhamos tudo para conseguir fazer o que nos propomos sem entraves. O tempo sempre foi nosso aliado e de um momento para o outro, escasseou. Como se uma bomba estivesse a rebentar nas nossas mãos. E o bom senso diz-nos que não nos devemos precipitar e o coração rebenta, como quem diz: Vai! Faz o tens a fazer, já! A vida não é linha reta, tem curvas, montanhas, planícies, buracos, sol e chuva. Se nos adapta

Coisas boas que surpreendem!

E que bem que isto resultou! Eu sou fã do Meco, confesso. Adorava ir para ali, o caminho mauzinho, deixar o carro perdido no meio do descampado sem luz, encher os pés de areia e andar a carregar na chave do carro na volta, para ver onde acendiam as luzes! Era uma aventura. Os pinheiros, o cheiro do mar, a humidade e algum frio faziam parte. Obviamente que esperar pelo Eddie Vedder para um concerto memorável, também me ajudou a criar esta ideia romanceada do Meco (que já tinha antes dele). Fui feliz ali, porque ouvi música que gosto, sempre em boa companhia. Mas tenho de reconhecer que a mudança para o Parque das Nações, fez com que o ambiente se tenha tornado mais fácil de gerir: mais fácil chegar, estacionar, andar… mais económico, menos stress com idas e vindas, policia, distancias e afins. Não que alguma vez me tivesse queixado disso… era engraçado ter de percorrer aquele caminho mauzinho para o Meco, mas reconheço que em termos logísticos para todos, era muito mais dif

Finley Qualey na Aula Magna

Quando o conceito do Super Bock Super Rock era outra coisa, tive sorte de ver o Finley Qualey ao vivo.  Um homem que fuma e bebe em palco, tinha de proporcionar uma noite inesquecível! O reggae no seu melhor. Tudo o que pode esperar de um artista! E hoje deparo-me com esta noticia no Blitz: “Finley Quaye, estrela dos anos 90, expulso de palco por promotor do seu próprio concerto” Sem surpresa! Julgo que o Finley nunca mais editou nada, o que é uma pena! É muito bom música, as letras são boas e a sonoridade muito envolvente. Foi assim o concerto na Aula Magna à uns anos atrás… Um espaço pequeno, cheio e eletrizante a vibrar com Finley Qualey. Tenho saudades disto!

Até para ser festivaleiro, é preciso saber estar...

Não consigo perceber porque compram as pessoas bilhetes para um festival/ concerto e se posicionam de costas para o palco? Pior! estão todos os concertos a falar com os amigos aos gritos??? Neste caso já teria um bom uso para o selfiestick, seria para lhes dar com ele na cabeça!!!! Vamos lá pensar sobre o tema… Se compro bilhete é porque quero ver. Vou investir dinheiro (pelo menos o meu não cai do céu nem se reproduz com facilidade) Junto um grupo porreiro de amigos e vamos todos para o evento com a mesma motivação. Se vou ficar de costas para o palco um concerto inteiro, então é melhor ir procurar outro palco dentro do festival que me interesse. Ou vou comer ou fazer um xixizinho…mas não fico a azucrinar a cabeça das restantes pessoas à volta com conversas da treta. Também me irrita solenemente as pessoas que estão sempre a mudar de sitio. E deslocam-se entre a multidão como se não fossem pessoas que estivessem a empurrar mas uma porta, um calhau ou assim… Qual é a gr

Avô Fernandes

Se o meu avô fosse vivo, faria hoje 93 anos. Gostava muito da forma como o meu avô me fazia sentir, todas as vezes, como se a minha presença ou chegada lhe tivesse iluminado o dia, os olhos dele brilhavam. Era quase sempre assim.  Marcou-o ter nascido tão pequenina - "parecia um coelhinho" - como dizia. E ainda exclamava: "como poderia uma coisinha tão pequena vingar?". Soube mais tarde que me visitava com frequência em casa dos meus outros avós. Desviava-se do caminho para casa, para me visitar, devia ser para garantir que o coelhinho crescia como devia ser. Avô, sou um osso duro de roer! Se calhar era isso que ele admirava quando nos víamos, que sobrevivi, cresci e tornei-me mulher apesar dele ter ficado pelos meus 14 anos.  Quando me recordo do meu avô Fernandes, sou sempre a Sophia e nunca a Sofia.  Era observador o meu avô, e eu gostava de forma como escrevia e do modo como se deixava encantar pelos livros que o meu pai lhe oferecia. Era um homem

44 anos depois

Algumas história escrevem-se em poucas palavras. A minha neste contexto é extensa, mas tem poucas palavras. Acho que bem aplicada a palavra certa é: amor. O amor é elástico e aplica-se a uma série de situações e a música dá-me amor em todas as suas vertentes, não sei viver sem ela. O que eu gosto de música, concertos, cd’s, rádio, histórias, acompanha-me desde sempre. Durante anos a fio adormeci a ouvir música, umas vezes com o rádio ligado toda a noite e outras embrulhada no phones até as pilhas morrem. Nunca me faltou a música, pelas cassetes, pelo rádio, pela tv ou pelos cd's. Foi a minha companhia nas viagens de carro com infindáveis cassetes e mais tarde cd’s que percorreram quilómetros e quilómetros de estrada. Bandas sonoras para idades e momentos de vida, preciosidades irrepetíveis. E o amor dos amores, com os The Doors.  Ora um grande amor não se explica, sente-se… e só de estar a escrever isto, fico com pele de galinha. É ouvir os acordes de uma música do

Equilibrar a balança

Os sinais de fraqueza que tanto gostamos de apontar nos outros, será que os temos em conta para nós próprios? E porque hei-de “morrer” por me arrepender? Pior aquele que não reconhece que errou ou aquele que não sabe pedir desculpa, dizer obrigado ou amo-te.  Não chorar, não é um sinal de fraqueza mas de sensibilidade. Fraqueza é chamar à atenção de alguém que chora fácil só porque nos achamos mais fortes e seguros. Deixem as lágrimas correr! Faz bem, liberta tudo o que está reprimido e mais além! Eu mantenho a teoria que se não fiz em determinado momento, qualquer coisa, foi porque achei que seria o melhor para mim, reconforta-me… mesmo que descubra mais tarde que me arrependi de não tê-lo feito ou ter feito (sim o arrependimento dá para os dois lados, se bem que nos vendem a ideia que fazer é melhor que não fazer, e quanto a mim depende de cada um!). De qualquer modo tem sempre uma justificação aceitável e plausível para mim, e isso chega-me. O passado ninguém muda, por isso

Reset

Por mais boa vontade que uma pessoa tenha, chega um dia em que um basta, é tudo o que nos resta. Num ou outro momento na vida, é o ponto de viragem que se precisa: para mudar de atitude, de casa, de emprego, de amor, de estilo, de forma de pensar… qualquer que seja o âmbito, é o momento de mudar velhos hábitos e procurar novas práticas. Tudo começa suavemente, vamos guardando coisas na alma para resolver aos poucos e com tempo, e lá vão ficando uma atrás da outra a acumular. Como são levezinhas não fazem mossa, mas o novelo vai crescendo e em vez de se desenrolar, enrola, enrola, enrola… e deixa de pesar só na alma, passa a pesar na cabeça e depois no corpo todo! E com o hábito de ir guardando pequenas coisas, vão-se somando coisas grandes em cima das pequenas porque os dias não param e o tempo também não e as importâncias, são mesmo assim, surgem sem aviso. Chega o dia em que não dá mais. Não se suporta, não se aguenta… não se pode puxar uma carroça sozinha sempre. Nem co

Posso fazer-te um convite?

Respostas possíveis: Sim, não , talvez e não responde. Todas válidas e justificáveis pelos critérios que passo a explicar. Não responde Fica tão emocionado/a que morre. Fica sem saber o que responder (porque no fundo não quer). Falta de educação (comportamento recorrente nos dias de hoje). Distração, adia a resposta e depois esquece (sofro deste mal algumas vezes, é lamentável. Estou a tentar melhorar).  Não quer ser indelicado/a e mandar o outro/a bugiar e remete-se ao silêncio. Deixa o outro pendurado/a não vá um dia dar jeito para umas voltinhas. Talvez Pode ser, mas ainda não sei. Logo se vê (adiado até o dia de são nunca há tarde) Talvez que é sim, mas tímido. Talvez que é não, com delicadeza. Dá uma resposta que é inconclusiva o que nos deixa no limbo e é uma treta. Talvez sim, talvez não dependo do humor do dia. Não Não, e a resposta é clara. Não quero sair contigo. Não quero porque acho que tens segundas intenções. Não quer, sim

Kamikaze*

Esperar sempre o melhor das pessoas, será uma ideia errada? Sinto-me um bocadinho kamikaze por esperar sempre o melhor das pessoas. Diz-se que é nos momentos mais difíceis ou nos maus momentos que se percebem quem são os amigos. Não sei se será assim, os amigos estão nos bons e nos maus momentos e não se revelam apenas nos tempos difíceis, revelam-se sempre. Compreendo porque se diz isto, e é fácil perceber. Nos momentos complicados precisamos sempre de mais apoio, de um ombro amigo, de um abraço de uma atenção. É transversal para os bons momentos mas nessas alturas a euforia toma conta de nós e achamo-nos super heróis que se bastam a si próprios, até nos afetos. Nos momentos mais complicados, quando não nos suportamos a nós próprios, é verdade que o carinho dos amigos é essencial. Ninguém passa pela vida sem percalços, e nessas alturas todo o apoio é bem vindo. É muito mais fácil ter esperança e acreditar quando temos bons amigos ao nosso lado, a torcer por nós. Dão-nos a c